Prestação de serviços não financeiros chegou a 57,3 mil empresas ativas em Goiás em 2022, maior número desde que o levantamento passou a ser divulgado pelo IBGE, em 2007
Pesquisa Anual de Serviços (PAS), divulgada nesta quarta-feira (28/8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que em Goiás a atividade de prestação de serviços não financeiros reuniu 57.387 empresas ativas, maior valor da série histórica iniciada em 2007. Em 2022, o número de empresas do setor subiu 10,8% em relação ao ano de 2021 (51,8 mil empresas), acima do avanço nacional que foi de 9,8%, saindo de 1,4 milhão de empresas para 1,6 milhão de empresas ativas em 2022.
“O setor de serviços é um dos pilares mais robustos da economia goiana, distinguindo o estado no cenário nacional e regional, servindo como fonte constante de emprego e renda para a população” reitera o titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho. No mesmo sentido, o número de pessoal ocupado em 2022 (447,1 mil pessoas) apresentou alta de 17,9% em relação a 2021 (379,1 mil pessoas). A receita bruta de serviços foi de R$ 63,7 bilhões em 2022.
Atividades
Entre as atividades que apresentaram aumento no número de empresas em 2022, destacam-se os serviços profissionais, administrativos e complementares, que subiram 12,5%, saindo de 20,6 mil unidades em 2021 para 23,2 mil unidades em 2022; e serviços prestados às famílias, que subiram 12,7%, saindo de 11,9 mil unidades para 13,4 mil unidades em 2022. Os dois grupos somados representam 63,8% do número de empresas totais no estado.
Entre as divisões, destacam-se as atividades culturais, recreativas e esportivas, com aumento de 30,9% na passagem de 2021 para 2022. Quanto ao pessoal ocupado, evidencia-se a alta dos serviços prestados às famílias (35,2%), devido aos aumentos em serviços de alojamento e alimentação (43,3%), serviços pessoais (31,5%) e atividades culturais, recreativas e esportivas (25,3%).
Em 2022, a atividade de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio teve participação de mais de um terço do total de receitas do estado, sendo 35,9%. Essa participação era de 32,9% em 2021 e de 28,2% em 2012. Outra atividade com forte participação na receita é a de serviços profissionais, administrativos e complementares, sendo 24,6% do total do estado.
Goiás no cenário nacional
Em relação ao número de empresas prestadoras de serviços não financeiros, Goiás tem o sétimo maior número do país e o maior da região Centro-Oeste. Em 2022, o estado teve 3,5% de participação da receita nacional e 39,8% da receita da região. Em relação a pessoal ocupado, o estado tem o oitavo maior número do país, com participação de 3,1%.
Em relação ao Centro-Oeste, a participação do estado é de 37,3% no total de pessoal ocupado. Em 2022, Goiás tinha 2,1% de participação na receita bruta de serviços do país, mesmo percentual de 2021. Em relação à região, a participação do estado na receita foi de 28,9%.
Pesquisa Anual de Serviços
A Pesquisa Anual de Serviços investiga informações sobre as características estruturais básicas do segmento empresarial da prestação de serviços não financeiros no país, tendo como unidade de investigação a empresa formalmente constituída, isto é, registrada no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), da Secretaria da Receita Federal, cuja principal fonte de receita seja a prestação de serviços não financeiros.
A pesquisa realiza o levantamento de diversas informações econômico-financeiras: receitas bruta e líquida; número de empresas; pessoal ocupado; gastos com pessoal; despesas financeiras, operacionais e não operacionais; aquisições e baixas do ativo imobilizado, entre outros aspectos. A periodicidade da pesquisa é anual. Sua abrangência geográfica é nacional, com resultados divulgados para Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação.