Homem diz que teve braço amputado por erro médico em Ceres: ‘Sai pior que entrei’

Após dar entrada na Unidade Hospitalar Intervida, da cidade de Ceres, norte goiano, e ser diagnosticado com Covid-19, em abril deste ano, o paciente Daniel Antônio da Silva afirmou ter sido medicado indevidamente no local. Na época, devido ao grande comprometimento pulmonar, ele teve que ser internado iniciando o tratamento intensivo, que apresentava evolução satisfatória no quadro de saúde. Entretanto, no dia 9 de abril, foi medicado com Mylanta Plus que serve, de acordo com a bula, para aliviar sintomas relacionados à úlcera péptica, gastrite, esofagite péptica e hérnia de hiato. Como resultado, ele acabou tendo o braço amputado.

De acordo com a versão de Daniel, após a medicação, ele deixou de ter a sensibilidade nas mãos e posteriormente começou a vermelhidão e o quadro se agravou cada vez mais. A mãe de Daniel, Marlene Anselmo, que também estava em tratamento contra o coronavírus no mesmo hospital, relatou que procurou o médico responsável logo nos primeiros momentos de incomodo do filho. Além disso, solicitou aos responsáveis pelo tratamento um suporte médico ou transferência para Goiânia. Depois disso, Marlene abriu um inquérito na Delegacia de Polícia de Ceres.

O médico responsável pelo tratamento deu a resposta que a transferência não seria necessária uma vez que a urgência seria resolvida no próprio hospital. Foram feitos exames de imagem no paciente, constatando que “estava havendo fluxo sanguíneo no local afetado”. Ademais, ainda afirmou que havia iniciado o tratamento com outros medicamentos e que a situação estava normalizada, além de tranquilizar os familiares sobre a gravidade.

No sábado pela manhã, dia 10 de abril, uma médica vascular especialista, foi acionada para a recuperação plena de Daniel, afirmando que teria que realizar um procedimento cirúrgico. Após a cirurgia, Marlene foi informada que em relação ao braço, em tese, teria ocorrido com sucesso com ressalva que a mão necessitaria aguardar.

No dia seguinte, a especialista avaliou o procedimento do braço, definindo que a mão do paciente provavelmente teria que ser amputada, sendo que, na melhor das hipóteses perderia alguns dedos. E por fim, na segunda-feira, dia 12 de abril, Daniel foi informado sobre o grau de infecção ao ponto de ‘não ter mais o que fazer’, uma vez que o tecido, o músculo e as estruturas já haviam necrosado, portanto a amputação se fazia necessária.

Segundo Daniel, ele e a família foram ao hospital para buscar o melhor tratamento contra a Covid-19”. “A gente estava lá buscando o melhor pra saúde, aí ter que ter amputação. É um choque até hoje ne, a gente está tentando adaptar ainda a essa nova situação. É ruim, saí pior que entrei”, afirmou.

Fonte e Foto: Jornal O Hoje

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