O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado estadual Lissauer Vieira, confirmou esta semana que é pré-candidato ao Senado Federal pelo PSD. O parlamentar, que chegou a anunciar que não seria candidato a nada este ano, recuou da decisão e agora trabalha para conquistar a vaga numa aliança com o governador Ronaldo Caiado (UB).
“Já estou decidido e trabalhando para isso. Sou pré-candidato ao Senado pelo PSD”, afirma Lissauer. “Todos sabem o momento difícil que passei recentemente, com a perda do meu pai. Por motivos pessoais e familiares, cheguei a declarar que não seria candidato a nada, mas passei a receber diversas manifestações de apoio e incentivo a essa candidatura ao Senado e elas me fizerem refletir e repensar sobre minha decisão”, explica o deputado estadual.
As manifestações públicas de apoio a Lissauer começaram no dia da inauguração da nova sede da Alego. Na solenidade, o deputado Amauri Ribeiro (UB) pediu a palavra e entregou a Lissauer e ao governador Ronaldo Caiado uma carta assinada por mais de 20 deputados em apoio à candidatura do presidente da Alego. Logo em seguida, outras manifestações públicas começaram a aparecer, como a de vereadores de Goiânia, encabeçada por Lucas Kitão (PSD), Lucíola do Recanto (PSD) e Santana Gomes (PRTB). Prefeitos, vereadores de outros municípios e, recentemente, entidades ligadas ao agronegócio também já divulgaram e entregaram ao deputado cartas de apoio à uma possível candidatura ao Senado.
“Enxergo essas manifestações como fruto de um trabalho sério que venho desenvolvendo como parlamentar e presidente da Alego. É o reconhecimento ao meu trabalho e a demonstração que sempre fiz o melhor para nosso Estado”, comenta Lissauer. “Mas elas me fizeram entender que encerrar minha carreira política nesse momento, de forma prematura, não é mesmo a melhor opção. Acredito que ainda posso contribuir muito para Goiás e para o Brasil”, completa.
Lissauer filiou-se recentemente ao PSD. O partido comandado por Vilmar Rocha trabalhava, desde o ano passado, para lançar o ex-ministro Henrique Meirelles para o Senado, numa composição com a base do governador Ronaldo Caiado. Com a desistência de Meirelles, o PSD passou a brigar por manter essa vaga e, internamente, discutir a possibilidade de Lissauer ou do próprio Vilmar Rocha serem indicados.
“Eu nunca tive esse compromisso com o PSD e o partido também nunca teve esse compromisso comigo”, esclarece Lissauer. “O PSD é um partido grande, com bons quadros e que tem tudo para estar na chapa majoritária com o governador Ronaldo Caiado. Trabalhamos pelo Meirelles, mas com a desistência dele, passamos a discutir novos nomes. O meu nome ganhou força pela posição que ocupo atualmente, pela minha experiência e com essas manifestações públicas desses vários segmentos da sociedade e de partidos políticos”, diz.
Para o presidente estadual do PSD, Vilmar Rocha, Lissauer vive um grande momento na política e o partido está engajado nessa sua pré-candidatura. “Lissauer é jovem, está num momento ímpar de sua vida pública, vem desenvolvendo um grande trabalho como presidente da Alego e tem todas as qualificações para ser um grande senador: é moderado, conciliador, aberto ao diálogo, firme, competente e tem uma visão macro do Estado”, comenta. “Queremos que ele seja nosso candidato e vamos trabalhar muito para viabilizar essa candidatura e, depois, elegê-lo em outubro”, conclui Vilmar Rocha.