Durante uma live com a participação do prefeito Valmir Pedro, o secretário de Saúde, Josimar Nogueira, equipe técnica do COE (Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública), promotor de justiça, doutor Afonso Antônio Gonçalves, presidente da Aciau, Cristiano Ribeiro, pastores das igrejas evangélicas, bispo diocesano, Giovani Carlos e profissionais da segurança pública, foi discutido e apresentado números técnicos dos resultados do decreto municipal do lockdown em Uruaçu.
O promotor de Justiça, doutor Afonso Gonçalves, sugeriu medidas mais severas no próximo decreto que valerá por mais sete dias, e pede uma proposta de adesão de toda comunidade e dos comerciantes no sentido de baixar o número de circulação das pessoas nas ruas. “Precisamos endurecer e estabelecer critérios rigorosos para conter o avanço da contaminação da Covid-19. A realidade hoje é totalmente diferente da primeira onda, não precisamos de distanciamento social e sim de isolamento social, pois estamos correndo o risco do colapso inclusive nos serviços funerários. Um gestor público deve atender o princípio da moralidade e da proporcionalidade, observando os princípios legais e constitucionais, onde as vantagens precisam superar as desvantagens. Precisamos de medidas duras e da adesão de todos, para enfrentar a pandemia em Uruaçu, e quem sabe no decreto seguinte, possamos flexibilizar a abertura do comércio”, sugeriu o promotor de justiça.
Outro fato que o promotor chamou a atenção, foi a quantidade de gente nas agências bancárias e nas casas lotéricas. Ele pediu uma medida no próximo decreto para conter a aglomeração nesses locais.
O prefeito Valmir Pedro disse que todas suas decisões serão baseadas em estudos da equipe técnica do COE e que não tomará nenhuma decisão sem o respaldo desses profissionais e volta a afirmar que como gestor público, sua obrigação é zelar e preservar a vida da população. “Fui eleito para defender a população, está comprovado que o lockdown apresentou resultado positivo e baixou o número de contaminados pela Covid-19, e esperamos que continue baixando para que na próxima semana, poderemos reabrir o comércio local. Para que isso aconteça, precisamos do apoio de todos, comunidade e comerciantes, só assim vamos vencer essa batalha contra esse vírus e voltar a ter uma vida normal”, destaca o prefeito Valmir Pedro.
Segundo o COE, o colapso não está só na falta de UTIs, mas ainda nos insumos de medicamentos e equipamentos de saúde, inclusive na parte de recursos humanos que também entrou em colapso.
Os técnicos apresentaram os resultados preliminares do número de infectados nas últimas 48 horas, de 436 ativos para 363 ativos hoje (12), o que segundo eles, é um reflexo positivo do lockdown.
O presidente da Aciau, Cristiano Ribeiro, levou uma proposta de flexibilização para que os comerciantes não tenham um prejuízo ainda maior com o lockdown, segundo ele, no início do mês os empresários têm que pagar a folha e estão sem dinheiro em caixa porque a inadimplência disparou nos últimos 15 dias, já que os comerciantes estão com suas portas fechadas e impossibilitados de receberem os clientes que querem pagar suas contas. Depois de ouvir a reivindicação do presidente, o prefeito Valmir Pedro pediu uma reunião entre o Cristiano e a equipe técnica do COE para juntos buscarem uma alternativa que amenize o problema.