Ela teria disso às vítimas que firmou contrato anual de R$ 4 milhões, mas que precisava abrir empresa para prestar serviços. Ela prometia que as contrataria, pagando de R$ 5 a R$ 10 mil.
Uma técnica em enfermagem de 37 anos foi presa suspeita de simular um contrato milionário com uma mineradora multinacional, falsificar assinatura e se passar por médicos e outros profissionais, em Goianésia, na região central de Goiás. Segundo a Polícia Civil, ela teria dito para pessoas que precisava de dinheiro para abrir uma empresa. Em troca dos valores, ela prometia que as contrataria, pagando de R$ 5 a R$ 10 mil.
O cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão foi neste domingo, por polícia da 15ª Delegacia Regional de Goianésia e do Grupo Especial de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio de Goianésia (Gepatri).
Segundo a polícia, as investigações começaram na última terça-feira (18), após duas pessoas procurarem a delegacia para denunciar que, em março deste ano, a investigada as procurou e disse que passou em um concurso público de nível nacional que concedeu a ela o direito de prestar serviços para empresas privadas.
Após isso, a mulher teria apresentado a essas pessoas um contrato anual de R$ 4 milhões, que ela disse ter celebrado com uma empresa multinacional para prestação de serviços na área da saúde do trabalho.
A técnica de enfermagem informou que precisava abrir uma empresa para prestar os serviços, mas que não tinha o dinheiro necessário para isso, já que precisaria de um capital de abertura e de giro. Após isso, ela propôs a essas pessoas que, após a formalização do contrato junto à empresa, ela as contraria, pagando a elas quantias de R$ 5 mil e R$ 10 mil.
Segundo a polícia, as vítimas se propuseram a ajudar a investigada para garantir a formalização do contrato, e repassaram o dinheiro que ela tinha pedido.
Para dar credibilidade ao esquema, a mulher criou um grupo em um aplicativo de mensagens com os supostos colaboradores da empresa, entre eles, médicos, técnicos de enfermagem e técnicos em segurança do trabalho. Apesar disso, a polícia descobriu que ela usava chips diferentes para se passar por alguns desses profissionais.
Ainda conforme a denúncia, a mulher chegou a emitir um passaporte, alegando que precisaria fazer um treinamento no Canadá – evento este que ela disse que aconteceria na próxima segunda-feira (24).
As vítimas denunciaram que só descobriram que a proposta de trabalho era falsa após procurarem a mineradora multinacional. Foi quando eles descobriram que o contrato apresentado pela mulher era falso.
Após as investigações, a Polícia Civil pediu pela prisão preventiva e busca e apreensão na casa da investigada, o que foi deferido pelo Poder Judiciário. Com a mulher, foram apreendidos três celulares, notebooks, mais de 15 pendrives, chips telefônicos, o contrato falso que ela teria feito com a mineradora, entre outros documentos.
A polícia espera que, com a análise do material apreendido, possa verificar se há outras pessoas envolvidas no esquema, além de identificar possíveis novas vítimas e outros crimes. A corporação estima que o prejuízo causado às vítimas tenha passado de R$ 37 mil.
A investigada foi levada ao Presídio Regional Feminino, em Barro Alto, e poderá responder pelo crime de estelionato e falsidade de documento particular, que prevê uma pena um a cinco anos de prisão para cada crime.