quinta-feira , 21 novembro 2024
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Viaje com segurança

Além da revisão tradicional do veículo, outros procedimentos são essenciais para que o passeio não se torne um pesadelo

Em julho começa o período de férias. Toda viagem requer preparativos, como pesquisas sobre passagens, reservas de carro e hotel, compra de roupas adequadas para determinada estação do ano, roteiros de turismo, dentre outros planejamentos. Com tanta correria, muitos esquecem do principal: as vacinas necessárias para aproveitar o passeio com segurança. Sem elas, o viajante está sujeito a complicações de saúde mais graves do que imagina.

Por isso, o recomendável é consultar um médico especializado que indique os imunizantes necessários para o destino escolhido. “Embora todos se lembrem de checar o automóvel antes de cair na estrada, ainda não é rotina procurar atendimento médico antes de viajar”, ressalta Maria Lavinea Figueiredo, infectologista do Atalaia Medicina Diagnóstica.

Diferentemente do que muitos pensam esta preocupação não é exclusiva de quem viaja para o exterior ou para destinos exóticos. Dependendo da região do Brasil, outras doenças podem ser adquiridas. Assim, pode ser necessário tomar vacinas como, por exemplo, a de febre amarela.

Dados da revista científica The Lancet, do Reino Unido, mostram que de cada 100 mil viajantes para áreas em desenvolvimento, 50 mil terão algum problema de saúde. Destes, cinco mil ficam acamados e 300 precisam ser internados; 50 necessitam de resgate aéreo e um acaba falecendo. A maior causa de mortalidade (62%) está relacionada a problemas cardiovasculares; já as doenças mais comuns são diarreias, febre alta, lesões cutâneas e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).

“Muitos viajantes sabem da importância de se praticar a medicina preventiva antes de viajar, porém se limitam a pesquisar em sites de busca para obter orientações”, afirma a infectologista. Ela explica que a chamada Medicina do Viajante é uma especialidade interdisciplinar que lida com a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de doenças relacionadas às viagens, levando em conta informações como o destino, itinerário, tempo de estadia, tipo de roteiro (negócios, lazer, missão, etc.), histórico de saúde e de vacinação. 

“Com esses dados é possível traçar um programa preventivo, que leva em consideração as doenças prevalentes no local, eventuais problemas que possam estar acontecendo naquele lugar, além de características do viajante, como fatores de risco para enfermidades e risco de exacerbação daquelas já existentes”, afirma a médica. Após esta análise, o viajante recebe orientações que incluem cuidados com animais e insetos, temperaturas extremas, ingestão de água e alimentos, além da prescrição de vacinas ou medicações, se indicado.

A infectologista lembra que, para uma viagem segura, é preciso ter total conhecimento das patologias locais, se é uma localidade urbana ou rural, qual o meio de transporte a ser utilizado, período do ano em que a viagem será feita, as condições climáticas e o tipo de turismo. “Um roteiro de aventura requer ainda mais cuidados, uma vez que será feito na mata, montanha ou no mar”, lembra Dra. Maria Lavinea.

Ela destaca ainda que após o retorno o viajante precisa ir de novo ao médico. Caso apresente algum problema de saúde, ele deve informar ao especialista suas viagens nos últimos meses, mesmo que curtas e para destinos próximos. Quem voltou sem sintomas, dependendo do tempo e do local de viagem, deve ter a saúde avaliada novamente, com um olhar específico para problemas que possam ter sido adquiridos no trajeto.

 Dicas para o viajante:

Lavar sempre as mãos com água e sabão; Em regiões de clima quente, lembre-se de usar protetores solares, chapéus e do uso de roupas leves; Usar sempre preservativos, prevenindo as Doenças Sexualmente Transmissíveis, incluído AIDS e hepatites. Não compartilhar seringas; Pacientes diabéticos, hipertensos, cardiopatas, pneumopatas e todos que fazem uso crônico de quaisquer tratamento devem levar as respectivas medicações em suas caixas originais. Para viagens internacionais, devem portar as receitas assinadas pelo médico, com os nomes genéricos traduzidos para o Inglês. Se fizer uso de medicações injetáveis, levar uma justificativa (em inglês) assinada pelo especilista; Não andar descalço; evitar nadar em lagoas e pequenos córregos de água parada, evitando doenças como esquistossomose, além de acidentes com animais aquáticos; Não nadar ou pescar sozinho. Afogamento é causa frequente de morte entre turistas; Em caso de febre, lesões de pele, diarreia ou quaisquer anormalidades procure atendimento médico no seu retorno.

Fonte: Imagem Corporativa Comunicação

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