Emater Goiás realiza primeira edição do Agro é Social Quilombola no Vale do Paranã

Iniciativa promove capacitação e geração de renda para comunidades Kalunga, valorizando os saberes tradicionais e impulsionando o turismo de base comunitária

A Emater Goiás iniciou, no mês de junho, os cursos da primeira edição do programa Agro é Social Quilombola no Vale do Paranã. A ação, voltada para o fortalecimento da agricultura familiar e do empreendedorismo nas comunidades Kalunga, oferece capacitação técnica e apoio financeiro a produtores rurais dos municípios de Cavalcante e Teresina de Goiás.

Desenvolvido pela Emater Goiás, em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e o Goiás Social, o programa prevê a capacitação de 110 produtores rurais, com foco na valorização dos saberes tradicionais, na promoção da autonomia econômica e na preservação da cultura quilombola.

Segundo o presidente da Emater Goiás, Rafael Gouveia, o programa Agro é Social se consolidou como o maior programa de inclusão produtiva do país, promovendo a independência econômica de produtores rurais por meio do Crédito Social e estimulando o surgimento de novos empreendimentos familiares, com geração de renda e redução da extrema pobreza em Goiás.

“Com o Agro é Social Quilombola nós queremos impulsionar o trabalho das comunidades quilombolas e valorizar os costumes Kalunga, que é símbolo da identidade cultural da região nordeste de Goiás”, destacou.

Capacitação e incentivo financeiro

Nesta edição, estão sendo ofertados cursos técnicos em seis comunidades Kalunga, contemplando diversas áreas:

  • Comunidade Engenho II- Horticultura
  • Comunidade São Domingos- Desossa de Frango
  • Comunidades Vão do Moleque, São José e Diadema- Turismo Rural – Aconchego Rural
  • Comunidade Ema- Horticultura e Avicultura

Além da capacitação, os participantes que atenderem aos critérios do programa terão acesso ao Crédito Social, um benefício de até R$ 5 mil oferecido pelo Governo de Goiás, por meio do Fundo de Proteção Social (Protege Goiás). O recurso pode ser utilizado na compra de insumos, equipamentos e demais itens necessários para iniciar ou expandir a atividade produtiva.

O benefício é concedido mediante comprovação de situação de vulnerabilidade social e demonstração de aptidão para a atividade escolhida. A Emater acompanha de perto a aplicação dos recursos, realizando visitas técnicas e oferecendo suporte contínuo aos beneficiários.

Desenvolvimento local e valorização cultural

Para a coordenadora regional da Emater na região do Vale do Paranã, Lucineide Magalhães Pereira de Araújo, o programa representa uma importante estratégia de diversificação da economia local.

“A capacitação aliada ao apoio financeiro cria condições reais de empreendedorismo com dignidade, agregando valor à produção rural com base nos saberes tradicionais Kalunga e nas potencialidades do território”, afirma.

A gestora destaca ainda o papel do projeto na estruturação do turismo de base comunitária, um dos principais vetores de geração de renda na região.

 “Ao preparar a comunidade para receber turistas com qualidade, o projeto promove o intercâmbio cultural, respeita os modos de vida tradicionais e incentiva a conservação do território”, completa.

Com foco na inclusão produtiva e no protagonismo das comunidades quilombolas, o Agro é Social Quilombola marca um passo importante para o desenvolvimento sustentável do Vale do Paranã, unindo tradição, inovação e cidadania no campo.

Sobre Osvando Teixeira

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