Escolas de Goiás recebem livro de Maria da Penha em quadrinhos e debatem violência contra a mulher    

Durante mês de março, circulação ocorre em 7 cidades do Estado    

Escolas de Goiás recebem, durante o mês de março, palestras sobre livro “Maria da Penha nas Escolas”, com o objetivo de discutir a violência contra a mulher com crianças, adolescentes e educadores. ‘Maria da Penha nas escolas’ é um projeto e livro de Manoela Barbosa com co-roteiro e ilustrações com Lara Damiane e conta a história de Maria da Penha, a farmacêutica brasileira que foi vítima de violência doméstica e tornou-se símbolo da luta em combate à violência contra a Mulher e a sanção da Lei Federal no 11.340/2006, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha. A história é adaptada pedagogicamente para crianças de 07 a 12 anos de idade. É disponibilizado um manual para os professores e uma versão em braille para crianças com deficiência visual.

A programação teve início do dia 7 de março, com lançamento realizado na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) e contou com a participação da Secretaria de Gestão Nacional da Promoção da Igualdade Racial, do Ministério da Igualdade Racial, Iêda Leal. Na quarta-feira (8/3), dois eventos foram realizados: no Centro Cultural Gustav Ritter e no Instituto de Pós-graduação e Graduação (Ipog).  Agora os eventos circulam pelas escolas em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Anápolis, Uruaçu, Cidade de Goiás e Goianésia. No total, 5 mil exemplares serão distribuídos.

Para Manoela Barbosa, idealizadora da obra, “ter em mãos um material didático a ser trabalhado dentro das escolas abre caminhos para uma discussão extremamente importante no meio familiar”. Ela ressalta ainda que “o objetivo é constituir parcerias para que toda a rede estadual de ensino tenha acesso ao material”. O projeto atende a uma necessidade atestada e reverenciada pela Lei Estadual no 21.202. A lei em questão, institui a “Política de Divulgação da Lei Maria da Penha nas Escolas”, com o objetivo de sensibilizar o público escolar sobre a Violência Doméstica e Familiar contra a mulher e divulgar a Lei Maria da Penha.

A realização é da Skambau Produções em parceria com a Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e do Instituto Idheias.

Em Goiás, 105 mulheres foram agredidas por dia em 2022

Em Goiás, 105 mulheres foram agredidas, por dia, durante o ano de 2022. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) e apontam para um triste número: 38.470 mulheres sofreram algum tipo de violência (feminicídio, estupro, ameaça, lesão corporal, crimes contra a honra). Diante deste cenário, o mês da mulher é, infelizmente, uma oportunidade importante de discutir a violência de gênero.

Cresce número de feminicídios     

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, lançado em dezembro de 2022, aponta que houve um aumento de 10,8% nos casos de feminicídio no Brasil, entre o primeiro semestre de 2019 e o mesmo período de 2022. No Centro-Oeste, o crescimento foi alarmante: 29,9%. Só no primeiro semestre do ano passado, o número de feminicídios na região cresceu 6,1%. Parceiros ou ex-parceiros íntimos foram responsáveis por 81,7% dos assassinatos. Sobre o número de mulheres e meninas estupradas, o Anuário registrou 1.234 casos, somente nos seis primeiros meses de 2022, em Goiás, 74,4% das vítimas eram consideradas vulneráveis, ou seja, eram menores de 14 anos.

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