As primeiras ações do suspeito começaram usando um celular perdido. Segundo a polícia, suspeito não tinha interesses financeiros.
Um hacker foi preso suspeito de criar um canal de fofoca sobre os moradores de Niquelândia, no norte de Goiás. De acordo com a Polícia Civil (PC), o conteúdo compartilhado chegou a causar a demissão de algumas vítimas. Segundo as investigações, o suspeito não tinha interesses financeiros.
A reportagem tentou contato com a defesa do suspeito, por telefone, mas até a última atualização deste texto, não obteve resposta.
Conforme a Polícia Civil (PC), para não ser identificado Yuri Martins Domingos dos Santos, usava uma máscara e a inteligência artificial para modificar a voz. Ele se apresentava como Anônimo.
“Todas as fofocas que vocês veicularem para o Anônimo serão divulgadas aqui no grupo sem identificar nenhum de vocês. O Anônimo é nada sem vocês”, dizia o comunicado dele.
As investigações, que começaram a cerca de seis meses, também apontaram que as primeiras ações do suspeito começaram usando um celular que havia sido perdido. Quando o aparelho foi bloqueado, ele conseguiu um novo chip, porém do Canadá. Para dificultar ser localizado, ele usou a inteligência artificial e criou o canal no WhatsApp.
Lá, o suspeito publicava situações íntimas e falsas sobre os moradores da cidade. Além de divulgar conteúdos pornográficos. O conteúdo, segundo a polícia, era enviado por terceiros e, inclusive, causou demissões. Uma das vítimas é a professora, Tatiane França.
“Foi um vídeo [de cunho sexual] pegado na internet, aí recortou até o tempo que a silhueta parecia com a minha, o corpo parecido com o meu e jogou na internet… Isso percorreu mais de uma semana como verdade e eu perdi o emprego”, detalhou Tatiane.
A polícia informou que as pessoas que enviavam os conteúdos para o suspeito também são investigadas.
“O interessante é dar uma resposta para a comunidade e identificar os autores dessas fofocas. Então, essas pessoas que enviaram essas fofocas serão desmascaradas e a comunidade vai tomar conhecimento de quem são esses autores”, afirmou o delegado.