quinta-feira , 21 novembro 2024
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Homem é amarrado pelo pescoço e arrastado por estrada de terra em fazenda de Alto Paraíso de Goiás

O jovem teve o pescoço amarrado por uma corda e foi arrastado por uma estrada de terra durante uma cavalgada em uma fazenda de Alto Paraiso de Goiás e mesmo caído ao chão, ele é puxado por um outro homem

O caso aconteceu na madrugada do último domingo (19). Nas imagens é possível ver que o garoto tenta segurar a corda, mas continua sendo puxado e arrastado pela lama. Outras pessoas que estão no local não fazem nada para impedir, somente riem da situação.

Em nota divulgada nas redes sociais, a HC Festas e Eventos, responsável por realizar a cavalgada, informou que as agressões contra o jovem aconteceram após o encerramento do evento e que a festa “contou com 10 seguranças da equipe afim de evitar e/ou conter brigas e tornar o evento um local seguro”.

Depois das agressões, o adolescente foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o hospital do município com vários ferimentos no corpo. Ele já recebeu alta e se recupera em casa.

A delegada Bárbara Buttini informou que a vítima compareceu à delegacia no dia seguinte, bastante abalada com a situação. De acordo com a investigadora, um inquérito já foi aberto para investigar o caso e as pessoas envolvidas nas agressões já foram identificadas.

O proprietário da fazenda onde aconteceu o acidente é o prefeito do município, Marcos Rinco (DEM). Em um vídeo divulgado nas redes sociais o administrador lamentou sobre o ocorrido e disse que, apesar de ser dono do local, nada tem a ver com o que aconteceu.

“Infelizmente aconteceram lá essas cenas, mas os cuidados todos foram tomados anteriormente, durante o evento teve a presença constante de segurança privada, teve a presença esporádica da Polícia Militar, e constante de ambulâncias aqui do hospital para qualquer eventualidade”, disse.

Família quer Justiça

O pai do garoto, que preferiu não se identificar, disse que a situação abalou bastante a família. Ele conta que o filho, além dos ferimentos, está traumatizado e não consegue parar de chorar. A família afirma que o jovem nunca havia ido a uma festa antes e não tinha inimizades.

“O público batia palma. Depois de arrastar ele, o jogaram em uma vala. A gente é humilde, mas somos seres humanos. Ele tem pai, tem família, tem gente por ele. É revoltante ver o que aconteceu com o meu filho”, afirmou.

O advogado e primo da vítima denuncia ainda que, depois de ser levado pelo Samu até o hospital, a unidade de saúde negou atendimento para o jovem, já que ele estava sem documento pessoal. O parente afirma que o garoto teve que andar 2 km até a casa que mora, onde o encontrou amigos que o ajudaram.

“Os amigos que o encontraram na rua desmaiando e vomitando. Pegaram ele, deram banho e o levaram para o hospital de novo. Só assim ele foi atendido (…) Foi um sistema de saúde falho, que viu ele naquela situação e simplesmente não fez nada”, afirmou.

Em relação a denúncia feita pela família sobre falta de atendimento, a Prefeitura de Alto Paraíso de Goiás, informou que o jovem deu entrada na unidade médica sozinho e saiu contra a orientação dos médicos. O comunicado diz ainda que ele retornou posteriormente, mas acompanhado.

Sobre Osvando Teixeira

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