O manifesto trata da presença de Bolsonaro no evento em Aparecida, na última quarta-feira (12), dia da padroeira do Brasil.
O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) foi acusado por mais de 400 padres e 10 bispos católicos de ter profanado o Santuário de Nossa Senhora de Aparecida.
O manifesto trata da presença de Bolsonaro no evento em Aparecida, na última quarta-feira (12), dia da padroeira do Brasil.
Bolsonaro, que tenta a reeleição, foi recebido no local com alguns aplausos e vaias.
O manifesto foi encaminhado ao arcebispo de Aparecida do Norte, Dom Orlando Brandes na última quinta-feira (14).
O reitor do santuário de Nossa Senhora de Aparecida, o padre Carlos Eduardo Catalfo, também recebeu o documento.
O texto é intitulado “O que é de César a César, e o que é de Deus a Deus (Mt 22,21)” e foi subscrito por religiosos que integram os coletivos Padres Contra o Fascismo e Padres da Caminhada.
O que diz o manifesto
Um dos pontos trazidos pelos religiosos é o de que Jair Bolsonaro utiliza a religião como palanque político.
“Ele usa e abusa da fé como palanque político; tenta reverter suas seguidas derrotas políticas apelando à religião. Não, Jair Bolsonaro não é religioso. Ele perverte o ensinamento evangélico porque quer dar a Deus o que é do perverso César (Mt 22,21). Jair Bolsonaro não é de Deus!”, diz a nota.
O documento também cita uma fala do Arcebispo Dom Orlando Brandes, em que ele critica a postura do presidente fazendo referência a politica de armas defendidas pelo chefe do executivo.
“Para ser pátria amada, não pode ser pátria armada (…). Para ser pátria amada, uma república sem mentira e sem fake news. Pátria amada sem corrupção e pátria amada com fraternidade.”, disse.