Norte Sul entra em operação com transporte de 6,4 mil toneladas em 80 vagões

Norte Sul começa a operar de fato após quase três décadas do início das obras. Ao todo, foram 6,4 mil toneladas de farelo de soja transportadas em 80 vagões.

Norte Sul trem siteApós quase três décadas do início de sua construção, aconteceu o primeiro transporte comercial pela ferrovia Norte-Sul no último dia 9. Mais de 6 mil toneladas de farelo de soja partiram de Anápolis, em direção ao Porto de Itaqui, em São Luís do Maranhão. O trem é composto por três locomotivas, que tracionam 80 vagões carregados de farelo de soja.

A viagem é realizada mais de um ano e meio depois da inauguração do primeiro trecho goiano da ferrovia, em maio de 2014, e de mais de 26 anos do início da construção da ferrovia. Segundo a Valec Engenharia Construções e Ferrovias, responsável pelas obras, a Norte-Sul está totalmente apta para operar. Uma operação teste havia sido feita anteriormente.

“A ferrovia está toda executada, 100% sinalizada, com todas as licenças de operações emitidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antt) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em dia. Então a ferrovia está 100% apta para operar”, garante o gerente regional da Valec, Charles Beniz.

Ao todo, 6,4 mil toneladas de farelo de soja são levadas ao Maranhão. A viagem deve durar quatro dias. A composição férrea saiu de Anápolis pela Norte-Sul até Porto Nacional, onde deve entrar na Estrada de Ferro dos Carajás para chegar ao Porto de Itaqui.

Se a carga fosse transportada por rodovias, seria necessário usar 200 caminhões. Gerente da indústria responsável pelo carregamento, Osmar Albertine acredita que substituir o transporte rodoviário pelo ferroviário é uma grande vantagem.

A previsão é que até o fim do ano 21 mil toneladas de cargas passem pelo trajeto. Outros três carregamentos devem ser feitos ainda neste ano. Segundo Beniz, nas próximas viagens, os trens devem rodar 24 horas.

O início da operação era muito esperado pelo setor do agronegócio, porque inaugura um novo eixo para o escoamento da produção de grãos no centro-oeste brasileiro. A previsão é que até o fim deste ano, 21 mil toneladas de cargas passem pelo trajeto.

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