O caso foi confirmado hoje (18) pelo secretário municipal da Saúde de Uruaçu
O paciente é do sexo masculino, tem 24 anos de idade e está se recuperando sem nenhuma complicação, ele está em isolamento por 28 dias e não corre risco de vida. Esse é o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos confirmado na cidade de Uruaçu. A infectologista responsável por esse tipo de contaminação está acompanhando o caso.
O secretário municipal da Saúde, Josemar Nogueira, pediu à população para ficar atenta aos sintomas da varíola dos macacos e diz que não precisa entrar em pânico, e qualquer sintoma, procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
No país, a doença ainda não alcançou o status de epidemia, mas já é considerada um surto quando há, primeiro, aumento localizado do número de casos. De acordo com a OMS, o vírus monkeypox é transmitido principalmente por: Contato com secreções respiratórias ao falar, tossir ou espirrar; Contato físico próximo com pessoas contaminadas que apresentem sintomas; Contato com lesões e fluidos corporais; Contato com materiais de uso pessoal de alguém que está infectado, como roupa de banho, roupa de cama e talheres.
Além de conhecer as formas de contaminação, para se proteger e proteger as pessoas ao seu redor, é preciso também saber identificar os sintomas da varíola dos macacos. Se você entrou em contato com alguém contaminado, tocou, abraçou. O material do vírus passou para você. Ele não vai causar a doença imediatamente. Esses vírus precisam ganhar uma ‘adaptação’, isto é, um tempo de incubação em que eles ganham acesso a toda a maquinaria das células para poder infectá-las e se multiplicar”, afirma o infectologista.
Esse período dura entre 5 e 21 dias. Nessa janela de tempo, a doença não dá nenhum sinal, e a pessoa continua vivendo sua vida normalmente, sem sintomas e sem eliminar o vírus.
A partir de um determinado ponto, seja ele no quinto dia, se for na forma mais precoce, ou no vigésimo primeiro dia, você vai começar a apresentar sintomas e contaminar outras pessoas. Para a maioria dos pacientes, os sintomas aparecem entre o 7° e o 17° dia após o contágio.
É aí que começa a doença. Os sintomas clássicos são: Febre acima de 38,5°C; Fraqueza e mal-estar; Dor de cabeça; Inchaço e dor nos gânglios (principalmente atrás da orelha e atrás da cabeça).
Segundo o especialista, é muito frequente que, nesta fase, as pessoas confundam o quadro com a dengue ou uma virose comum. É aquela sensação de ‘nossa, estou quebrado.
Depois de um a três dias do início dos sintomas, começam a surgir lesões na pele. Elas aparecem na cabeça, na face e no pescoço, descem pelo tronco e chegam às extremidades em um processo que pode levar até 21 dias. O dr. Bandeiras descreve a evolução das feridas:
Inicialmente, elas têm o aspecto de mordidas de mosquito; depois, viram vesículas parecidas com aquelas causadas pela catapora; As lesões crescem juntas, ao mesmo tempo e seguindo o mesmo padrão; Formam uma espécie de umbigo no centro e vão escurecendo; Quando viram crostas, caem e são substituídas pela pele normal que está embaixo. Só no momento em que elas caem é que você efetivamente não contamina mais ninguém, e o ciclo da doença acabou.