Alto Horizonte, no norte do Estado, foi o município goiano que mais exportou em 2011, graças ao minério sulfeto de cobre que é explorado pela Mineração Maracá, do Grupo Yamana Gold. Em seguida, aparecem como maiores exportadores Luziânia, Itumbiara, Rio Verde, Anápolis, Mozarlândia, Palmeiras de Goiás, Quirinópolis, Goiânia, Catalão, Ouvidor, Goiatuba, Goianésia e Barro Alto.
Em 2011, Goiás exportou US$ 5,605 bilhões, o maior valor no histórico das exportações goianas. O recorde ocasionou um crescimento de 38,5% em relação a 2010. Os principais produtos exportados pelo Estado foram, pela ordem, o complexo soja (grãos, bagaços, óleos etc) que representou 32,2% das vendas, carnes (bovinas, suínas, aves e outras) 20,9%, sulfeto de cobre (12,6%), açúcar 6,1%, milho (5,4%), ferroligas (4,6%), couro (3,6%), energia elétrica (2,9%), algodão (1,6%), amianto (1,4%), além de produtos químicos orgânicos, máquinas e equipamentos elétricos e mecânicos, produtos farmacêuticos e confecções.
China, Holanda, Índia, Espanha, Russia, Irã, Reino Unido e Argentina foram os principais destinos das mercadorias goianas no ano passado. Para o superintendente do Programa Produzir da Secretaria de Estado de Indústria e Comércio, Júlio Paschoal, o Estado e suas regiões demonstram competência na produção do agronegócio e guardam ainda muita riqueza em seu subsolo. “Goiás passa por um processo de desenvolvimento industrial devido a uma política arrojada de atração de investimentos. Gradativamente, estaremos aumentando a exportação de manufaturados, sem perder o foco na sua vocação original que é a produção de alimentos”, diz.
Importações
As importações também representaram recorde na balança goiana. Elas cresceram 37% em relação a 2010, chegando a US$ 5,728 bilhões. Goiás importou produtos, principalmente, da Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão, Tailândia, Alemanha, Suiça, China, Rússia, Canadá e Belarus. São eles, veículos automóveis, tratores e suas partes; produtos farmacêuticos; máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos; adubos e fertilizantes; químicos orgânicos; máquinas, aparelhos e material elétricos; instrumentos e aparelhos de óptica, foto, precisão e aparelhos médicos.
Dois municípios goianos, Anápolis e Catalão, foram responsáveis por quase 80% das importações goianas. Anápolis, sozinho, importou US$ 3,169 bilhões, cerca de 55% de todas as compras externas do Estado no ano passado. Catalão, o segundo colocado nas importações goianas, comprou importou US$ 1,552 bilhões. Goiânia, Aparecida de Goiânia, Rio Verde e Itumbiara, completam a lista dos principais municípios goianos importadores.
Para Júlio Paschoal, o crescimento das importações se deve, basicamente, às demandas das indústrias automobilísticas e farmacêuticas, que se expandem rapidamente em nosso Estado. “Já temos três grandes indústrias multinacionais na área automobilística e também um dos maiores polos farmacêuticos do país. São os primeiros passos para que Goiás mude a sua pauta exportadora”, ressalta.