A folha de empregados da empresa no Brasil possui 17% de mulheres, revelando os esforços da companhia em consolidar a presença de mão de obra feminina no grupo de mineração
A Anglo American prestigia a presença da mulher nos mais diversos níveis hierárquicos e funções da empresa. Atualmente, cerca de 16% da equipe mundial de empregados é composta por mulheres, o equivalente a quase 15 mil funcionárias. A empresa possui uma meta mundial de empregabilidade de 25% de mulheres para todas as suas unidades de negócio no mundo. Com relação às operações, projetos e escritórios no Brasil, já são mais de 700 mulheres empregadas, o que equivale a 17% da mão de obra da companhia no País. A Anglo American também faz parte da lista de empresas apoiadoras dos Princípios de Empoderamento das Mulheres (Women’s Empowerment Principles), que têm como objetivo promover a igualdade de gênero nas companhias e nas comunidades.
Segundo dados do Censo 2010, as mulheres vêm ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho brasileiro, com formação cada vez mais qualificada. Em 2010, 43,9% das mulheres com dez anos ou mais de escolaridade estavam empregadas. Há dez anos, essa proporção não passava dos 35,4%. Os dados também constatam uma forte presença de mulheres com nível superior completo. Do total de empregadas, 19,2% terminaram a universidade. Entre os homens, essa proporção é menor, de 11,5%.
Em 2005, a Unidade de Negócio Níquel contava com 44 mulheres. Hoje são mais de 200 – um aumento de mais de 450%. Atualmente, cerca de 14% do quadro de funcionários da unidade é composto por mulheres. Diversas políticas são adotadas para incentivar a presença feminina. Recentemente, a unidade aumentou o período concedido às mulheres de benefício de auxílio-creche, expandindo-o de 24 meses (período previsto por lei) para 72 meses (o equivalente a seis anos). “Como líder no setor de mineração, que tradicionalmente tem sido lento para atrair, reter e promover mulheres, a Anglo American está adotando as estratégias necessárias para atingir uma força de trabalho verdadeiramente diversificada. Devemos ser capazes de extrair essa mão-de-obra qualificada de todos os centros de talentos disponíveis”, afirma Cristina Isola, gerente de Recursos Humanos Corporativa da Unidade de Negócio Níquel.
Maria Francisca de Santana está na Anglo American há quase três anos e trabalha como auxiliar de produção na área de Expedição em Niquelândia. Ajuda no enchimento de bags (sacas que armazenam o minério final) e controla o peso do carregamento de carretas. Anteriormente, Maria Francisca compunha a equipe de serviços gerais do Horto Aranha, campo de reflorestamento de eucaliptos da empresa. Agora, sente-se ainda mais realizada por trabalhar na planta industrial: “Eu sempre tive o sonho de ir para a usina. Por isso, comecei a fazer um curso técnico de metalurgia, e assim surgiu a chance. É muito bom trabalhar nessa área. Temos sempre a oportunidade de expandir nosso conhecimento”.
Outro destaque é Keila Aparecida dos Santos. Ela iniciou sua atuação na empresa como mensageira na unidade de Niquelândia e foi promovida a auxiliar administrativo do departamento de Segurança, em uma área majoritariamente ocupada por homens. Há três anos trabalhando na Anglo American, ela afirma que o trabalho é extremamente satisfatório. “As mulheres ganharam um espaço muito além do que imaginavam, e isso faz com que estejamos mais realizadas profissionalmente. Todos aqui se respeitam, e trabalhamos em equipe pelo sucesso de uma só Anglo American. Sou suspeita para falar, porque meu sonho sempre foi trabalhar aqui”.
Projeto Aromas do Cerrado
No âmbito social, a Anglo American possui muitas iniciativas que focam no empoderamento feminino, como o projeto “Aromas do Cerrado”, desenvolvido em parceria com a CARE Brasil para as comunidades de Barro Alto e Santa Rita do Novo Destino, em Goiás. O projeto surgiu por meio do agrupamento de algumas mulheres residentes do Assentamento Lagoa Seca, em Santa Rita do Novo Destino (GO), após um curso de sabonetes artesanais promovidos no local pelo SENAR (Serviço de Aprendizagem Rural). Aproveitando o conhecimento técnico adquirido, as mulheres decidiram se reunir para produzir sabonetes visando o consumo próprio. A extensionista rural da CARE, em parceria com a Anglo American, aplicou cursos de empreendedorismo no grupo e hoje elas estão organizadas para a produção e comércio de sabonetes artesanais do Cerrado.
Ginercina de Oliveira Silva, com 42 anos e mãe de dois filhos, é uma dessas mulheres beneficiadas pelo projeto. Ela aprende a transformar frutos e plantas presentes perto do seu quintal em cosméticos e produtos de higiene, como xampus, cremes e sabonetes. Com o tempo, ela percebeu que a preservação ambiental e o replantio de mudas nativas são essenciais para a confecção de seus produtos. Com as capacitações do SENAR, ela pode desenvolver estratégias de venda, marketing e administração do negócio. “O dinheiro que consigo com as vendas ajuda a melhorar o bem-estar da minha família, é uma conquista. Temos a sensação de que estamos no caminho certo”, comenta Ginercina. Sua filha, de 16 anos, está toda orgulhosa e ajuda a vender os produtos na escola, em Goianésia, onde cursa o Ensino Médio. “A família toda está engajada. E a gente também usa nossos produtos, que são muito bons. O importante é ter um sonho, um objetivo e principalmente perseverança”.