O governador Ronaldo Caiado (DEM) passou a levar a discussão sobre a alta no preço dos combustíveis, principalmente a gasolina, à origem: a gestão da Petrobrás e o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Apesar de se apresentar como governador da base aliada ao presidente, Caiado aponta que a redução do ICMS sobre a gasolina não resolve, de forma efetiva, a sequência de elevações nos preços nas refinarias, definidos pela estatal.
Caiado retomou na última semana a promessa feita na campanha eleitoral de 2018 de reduzir a cobrança do ICMS sobre a gasolina, atualmente em 30%. O governador, no entanto, passou a encontrar dificuldades já conhecidas: os impactos na arrecadação estadual e nos repasses aos municípios. “Este assunto eu divido com todos que têm responsabilidade e que dependem dele”, afirma Caiado, retomando a busca por posição dos prefeitos, que têm direito a 25% da arrecadação com o imposto.
“É uma decisão que eu vou ouvir os prefeitos. Eles estão analisando as perdas e o que está bem claro hoje é que esse foco de debate deve ser levado para ser discutido o principal e não o acessório. O que é o principal? O principal é a vinculação em dólar. Nós nunca mudamos a tarifa (de ICMS), desde 2016”, aponta. Questionado pela Sagres sobre defesa por mudança na política de preços da Petrobrás, Caiado responde: “Isso aí é uma outra discussão. Realmente, eu sou governador de Goiás. Aí é a presidência da Petrobrás que está sob a gerência do presidente da República”, finaliza.
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