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Cavalhadas podem se tornar Patrimônio Cultural

Encontro online no dia 8, em parceria com o Iphan, será apresentado o processo administrativo de registro da tradicional festividade como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria da Cultura (Secult Goiás), promove, no próximo dia 8, a primeira reunião com os participantes das Cavalhadas de Goiás. Neste ano, em razão da pandemia provocada pela Covid-19, a tradicional festa popular do Estado não pode ser realizada. A expectativa é que, em 2021, o espetáculo volte a abrilhantar e encantar os goianos.

O encontro será coordenado pelas superintendências de Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico, e de Fomento e Incentivo à Cultura, da Secult, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), seção Goiás. Também participam representantes dos Detentores das Cavalhadas, pessoas diretamente ligadas ao processo de realização dessa festividade.

A iniciativa tem como objetivo apresentar o processo administrativo de Registro das Cavalhadas como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil junto ao Estado de Goiás e ao Iphan, medida que foi pleiteada em 2019, pelo governador Ronaldo Caiado, e que está em fase de instrução.

Outro tema da reunião é o fortalecimento da festa, envolvendo a comunidade dos 11 municípios proponentes (Corumbá de Goiás, Crixás, Hidrolina, Jaraguá, Palmeiras de Goiás, Pilar de Goiás, Pirenópolis, Posse, Santa Cruz de Goiás, Santa Terezinha de Goiás e São Francisco de Goiás) no contexto da pandemia. Também serão discutidas estratégias de ampliação da participação da comunidade, bem como a definição do calendário virtual para as próximas reuniões.

Tradição centenária

As Cavalhadas são celebrações que ocorrem há mais de 200 anos em Goiás, inspiradas nas tradições de Portugal e da Espanha na Idade Média. Em Goiás, o primeiro registro é de 1751, no município de Santa Luzia (hoje Luziânia). A festa une religiosidade e fé, cultura, turismo, economia e valorização do patrimônio imaterial do Estado, e mobiliza os moradores locais e visitantes, revivendo toda uma tradição histórica.

O cenário das Cavalhadas consiste em uma representação das batalhas entre cristãos e mouros que ocorreram durante a ocupação moura na Península Ibérica (século IX a século XV). São dois exércitos com 12 cavaleiros cada, que durante três dias se apresentam, encenando a luta, ricamente ornada e com belíssimas coreografias. Junto a esta manifestação, encontra-se a presença dos Mascarados, personagens incontáveis que se vestem com máscaras e saem às ruas, a cavalo ou a pé, fazendo algazarras.

Entre uma região e outra, pequenas mudanças são percebidas nas Cavalhadas, porém, mantém-se sempre a tradição e regra, sendo um evento que ocorre logo após os festejos do Divino Espírito Santo.

Sobre Osvando Teixeira

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