Nesta terça-feira, 28, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha oficializou sua saída do MDB. Em uma live na rede social Instagram, ele afirmou que não está a procura de um novo partido, mas, sim, de um diálogo.
Sua desfiliação se deu por carta oficial, que foi entregue nesta quarta-feira ao presidente do MDB em Aparecida de Goiânia. No documento, Mendanha provocou Caiado, ao dizer que, “se o governador não honrar com a promessa de ceder a vaga de vice ao Daniel Vilela”, estará “na mesma posição”, na “resistência” ao que chamou de “coronelismo” e “autoritarismo”.
Na live, o político disse que seu partido é Goiás e, por isso, vai ouvir diversas pessoas até se decidir sobre qual partido se filiar. “Não tenho deixado de ouvir os líderes que ficaram ao meu lado, não troco velhos amigos por novos amigos”, afirmou.
Mendanha também afirmou que, caso a maioria queira, ele vai deixar o cargo de prefeito para uma candidatura a governador. “Quero me colocar à disposição como alguém que deseja um Estado melhor”, disse.
Na sexta-feira, 24, em clima de muita cordialidade, o governador Ronaldo Caiado (DEM) se encontrou com Daniel Vilela no evento em que o MDB oficializou a aliança com o governo, adiantando que o ex-deputado federal e presidente estadual da sigla será seu candidato a vice da base aliada na chapa majoritária de 2022.
Oito dias antes, na quinta-feira, 16, por uma imensa maioria, 146 de 160 diretórios municipais, os emedebistas haviam aprovado a aliança que visa a reeleição do governador de Goiás, uma derrota para as pretensões do agora ex-filiado.
No cenário do partido em Goiás, Mendanha era o único prefeito do MDB que nadava contra a maré da aliança com o DEM de Caiado. De qualquer forma, ele anunciou sua desfiliação abrindo a perspectiva de voltar ao partido no futuro, ao destacar sua ligação pessoal e familiar, seu pai, Léo Mendanha (que morreu de Covid-19 em abril) foi deputado estadual pelo MDB.