A Polícia Federal quer investigar a deputada Magda Mofatto (PL-GO), 72, para verificar se ela cometeu crime de posse ilegal de arma de fogo ao mesmo tempo que fazia comentários sobre a caçada de Lázaro Barbosa de Sousa. Criminoso condenado por assassinatos, estupro e com mais de 30 crimes em sua ficha corrida, Lázaro foi perseguido por policiais de Goiás e do DF durante 20 dias até ser capturado e morto.
Em 19 de junho, quando a perseguição completava dez dias, Magda entrou em seu helicóptero com duas armas não identificadas, mas com aparência de metralhadora, fuzil ou outras de uso restrito. “Te cuida, Lázaro”, disse ela em vídeo publicado em redes sociais. “Se o [governador Ronaldo] Caiado [DEM] não deu conta de te pegar, eu estou indo até aí te pegar”, afirmou.
A Polícia Federal pediu para que o ministro relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Roberto Barroso, avalie se a investigação pode começar. Em 24 de setembro, o magistrado encaminhou o pedido à PGR (Procuradoria-Geral da República), que vai dar uma opinião sobre a abertura ou não do inquérito. A decisão caberá a Barroso.
Em entrevista ao jornal, a deputada disse que não cometeu crime algum, porque as armas são registradas, pertencem a ela, que estava no seu helicóptero e dentro de suas terras.