Licença ambiental, redução da carga tributária e profissionalização da piscicultura estão entre as demandas da nova diretoria.
A nova Mesa Diretora foi empossada na tarde de sexta-feira (29), durante solenidade realizada no auditório da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), em Goiânia. Quem assumiu o comando da Associação Goiana de Piscicultura (AGP) é o zootecnista, mestre em Aquicultura Continental e superintendente de Aquicultura e Pesca em Uruaçu, Paulo Roberto Silveira Filho, substituindo Adilon de Souza, ex-prefeito de Rubiataba, considerado um dos pioneiros da piscicultura no Estado de Goiás. Além de Paulo, foi empossado ainda, membros da executiva, conselheiros consultivos, conselheiros técnicos científicos e os conselheiros fiscais. O papel fundamental da AGP é fortalecer a cadeia produtiva de peixe em Goiás, tornando-a competitiva em relação a outros Estados.
A nova diretoria tem grandes desafios pela frente, alguns gargalos ainda precisam ser vencidos para que a atividade no Estado se desenvolva. Entre os objetivos, segundo Paulo, o licenciamento ambiental da piscicultura é prioridade, além disso, questões como redução da carga tributária praticada no estado (que é de 12% considerada alta em comparação com outros estados que variam de 0 a 7%), a profissionalização da piscicultura e comercialização da produção, são demandas que precisam ser resolvidas para que Goiás se transforme num dos principais polos piscícolas do Brasil.
“Tenho a satisfação em ter sido indicado à presidência desta associação, e assim poder realizar um trabalho que venha facilitar a vida do piscicultor, que busca produzir peixe legalmente e de forma competitiva. O trabalho que vínhamos desenvolvendo desde 2005 no norte do estado repercutiu como resultado positivo, principalmente do ano passado pra cá, que foi quando começamos a luta para a licença ambiental, no qual debatemos muito a questão da produção de tilápia. Para mim vai ser um grande desafio, mas somos movidos a isso, então o que eu posso fazer aqui no município de Uruaçu, eu também posso fazer para os produtores em todo o estado. Goiás tem facilidade na produção, ele precisa de facilidade para legalizar essa produção, pois temos um mercado consumidor altíssimo e em potencial, crescendo a cada dia. Em todo o estado temos mais de 2 mil produtores conhecidos e nem todos legalizados, a ideia é trazer todo esse pessoal para dentro da AGP, que tem cerca de 250 filiados. E queremos aumentar esse número, porque quanto mais pessoas tiverem juntas defendendo sua atividade, mais fácil e mais força teremos para negociar, porque juntos seremos sempre mais fortes. Queremos sim, sensibilizar o secretário Vilmar Rocha, para que permita que o pessoal produza. Está faltando bom senso, porque respaldo jurídico e técnico já existem”, ressaltou o novo presidente, Paulo Roberto.