Preço do boi bate recorde histórico no Brasil; consumidor sente no bolso o aumento

Um levantamento da Safras & Mercado divulgado na última terça-feira (1°/2), mostra que o preço da arroba do boi (equivalente a 13kg de carne) no mercado doméstico chegou a custar R$ 350 para os comerciantes brasileiros. Esse valor é o último repasse antes da carne chegar ate o consumidor final e nos açougues.

Trata-se de um aumento aproximado de 10% somente nos últimos 45 dias, quando comparado a momentos anteriores. Para os consumidores, essa alta foi de mais de 40% no valor de carnes de segunda. Dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) mostram que o preço do Acém registrou uma alta de 21,9% nos últimos doze meses. Em Goiânia o quilo custa, em média, R$ 32 para a população.

O coxão duro, igualmente uma carne de segunda, também apresentou um aumento no valor. O custo máximo desse item em 2021 foi de R$ 47,98 por quilo, aumento de 38,9% no mesmo período. O custo da arroba do boi bateu recordes consecutivos desde dezembro de 2021, quando a China revogou o embargo ao produto brasileiro.

O retorno das exportações e a alta demanda asiática, causaram um aumento nunca antes vistos nos preços do produto para os estabelecimentos comerciais do país. “Com o fim do embargo, foi registrado um aumento do fluxo de exportação, o que reduziu a disponibilidade interna do produto. Consequentemente, o preço da carne sobe. Exportar gera muito mais receitas do que manter produto no mercado interno, enquanto importar é uma opção ruim em meio a desvalorização do real”, explicou a CNN o consultor especializado em bovinos, Fernando Iglesias.

Em dezembro, período de demanda sazonalmente mais aquecida para o setor de carnes, o volume de exportação da proteína bovina do Brasil atingiu 150,9 mil toneladas. Deste total, somente 6,79 mil toneladas foram para o mercado chinês, contra 88,635 mil um ano antes, segundo o Ministério da Agricultura.

A suspensão temporária de importações da China foi motivada por dois casos atípicos da doença “Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como “vaca louca”. O retorno ocorreu meses após a confirmação científica da OIE de que os casos não traziam danos ao rebanho, por serem de geração expontânea e não contaminação.

Fonte: O Hoje

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