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Santa Terezinha de Goiás: Jovem que matou idosa em igreja sofre de esquizofrenia

O autor Yuri Ribeiro matou aposentada com uma machadinha, mas laudo afirma que ele não tinha condições de entender o caráter delituoso do que praticou.

O laudo pericial aponta que Yuri Ribeiro de Brito de 25 anos, acusado de matar com golpe de machadinha a aposentada Maria Elizabeth Castro de Oliveira de 60 anos, dentro de uma igreja católica em Santa Terezinha de Goiás no Vale do São Patrício, sofre de transtorno de esquizofrenia paranoide. Assim, ele é totalmente incapaz de entender o caráter delituoso do ato praticado por ele no dia 20 de abril.

Para a psiquiatra da Junta Médica do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) que realizou o exame de insanidade mental, Yuri precisa de internação em um hospital psiquiátrico que aceite o mesmo por no mínimo três anos. O laudo já foi homologado pelo Poder Judiciário e será remetido ao processo no qual o acusado responde pelo homicídio.

O surto

A versão destoa do que ele disse na época do crime, já que para a Polícia Militar (PM), Yuri havia dito que teve um surto em casa e foi correndo até a igreja, onde encontrou a aposentada e a matou. Mas, na Delegacia de Polícia Civil, ele teria dito que ao entrar no templo pensou ter visto a vítima zombando dele e que ao sair do local a ouviu dando uma risada alta, irritando-o.

Ao ser entrevistado durante a perícia, Yuri disse que foi acusado de matar uma mulher em uma igreja, mas que quando chegou lá a vítima já estava com a machadinha na cabeça e que tirou o artefato achando que ela pudesse estar viva. A acusação, segundo ele, teria sido por isso. Já a mãe dele, também à psiquiatra, disse que o filho adoeceu aos 11 anos de idade, usa remédios controlados e tem períodos em que “quebra tudo na casa” e “fala coisas sem sentido e sozinho”.

No laudo, a psiquiatra afirma que Yuri foi pouco colaborativo ao falar sobre o crime, tem um humor apático e que – agora – tem noção da gravidade do caso, mas nega o fato delituoso.

Conforme os especialistas, Yuri sofre de alucinações auditivas e delírios.

“O ato delituoso encontra nexo causal com o transtorno mental. Na época do crime, não estava usando os remédios, tinha deixado de usar, pois não queria mais. No passado, tentou suicídio e tem histórica clara de psicose antes do crime”, escreveram no laudo, que foi entregue no dia 22 de junho ao Judiciário.

Yuri está preso desde o dia do crime, pois para o Poder Judiciário a liberdade dele representa risco à sociedade. Após matar Elizabeth, o acusado foi de bicicleta até uma loja, avisou ao dono do estabelecimento o que fez e ficou parado.

A PM chegou e o prendeu sem que ele esboçasse resistência. Com o acusado foi encontrada uma bolsa com uma faca, a machadinha e um HD externo.

Em um pedido de soltura feito pela defesa, que foi negado pelo Poder Judiciário, foram sendo apresentados laudos e receitas médicas atestando os transtornos mentais.

De acordo com o advogado que o representa no processo, os documentos “demonstram que ele tinha alucinações e escutava vozes, sinais vitais de esquizofrenia, distúrbio que afeta a capacidade da pessoa de pensar, de sentir e se comportar com clareza”.

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