“Queremos a nossa conquista. A lei do piso mínimo. Não atendendo, vamos ter greve, mesmo”, diz Vantuir Rodrigues
Os caminhoneiros de Goiás também podem entrar em greve, apesar do auxílio-diesel. O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Goiás (Sinditac), Vantuir Rodrigues, afirma ao Mais Goiás que se a lei do piso mínimo do frete não for atendida, o setor vai parar no dia 1º de novembro.
A matéria é uma das principais pautas dos caminhoneiros, sendo uma das principais conquistas do setor depois da greve de 2018. Contudo, ela é questionada e descumprida por empresas.
Essa lei surgiu da medida provisória 832/2018 do então presidente Michel Temer (MDB) e foi convertida na lei 13.703/2018. Dentre outras coisas, ela cria critérios conforme o tipo e peso da carga para colocar o preço mínimo para transporte.
“Queremos a nossa conquista. A lei do piso mínimo. Não atendendo, vamos ter greve, mesmo”, declarou Vantuir. Questionado sobre o auxílio-diesel, que teve anúncio pelo presidente Bolsonaro, na quinta (21), o sindicalista foi contundente: “Não queremos esmola.”
Auxílio-diesel
Nesta quinta, durante a cerimônia de inauguração de um ramal da obra da transposição do Rio São Francisco, Bolsonaro anunciou o pagamento de um auxílio para 750 mil caminhoneiros e destinado a compensar o aumento do óleo diesel. O presidente não esclareceu de onde virá o dinheiro, mas seria um subsídio de R$ 400 de dezembro deste ano a dezembro de 2022.
Mas mesmo com anúncio, os caminhoneiros mantém a greve prevista para 1º de novembro, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL). “Caminhoneiros não querem esmola, querem dignidade.”