sexta-feira , 22 novembro 2024
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Proprietário da clínica (à esq) e coordenadores são presos pela PCGO

Polícia prende dois suspeitos de maus-tratos, estupro e até homicídio em clínica de reabilitação, em Aragoiânia

Internas relatam agressões, uso de remédios e até estupro no local, que foi fechado

Proprietário da clínica (à esq) e coordenadores são presos pela Polícia Civil de Goiás

Dois funcionários de uma clínica de recuperação foram presos no último dia 20, suspeitos de manter dependentes químicos presos, além de maus-tratos, estupros e até homicídio, em Aragoiânia. O local estava em condições de limpeza precárias e foi fechado.

Os nomes dos presos e da clínica não foram divulgados para não atrapalhar as investigações. O local é particular e abrigava cerca de 60 pessoas, que eram levadas pelas famílias, que buscavam tratamento para os dependentes químicos.

Porém, os internos relatavam que eram obrigados a tomar vários remédios e eram constantemente agredidos. No local foi encontrada uma arma de choque.

“Eles amassavam um monte de remédio, acho que eram uns sete, colocava açúcar e dava para a gente beber. [Ficava] Presa, encarcerada, quase não

saia. Trancada”, disse uma das internas.

Presos dois suspeitos de tortura, estupro e até homicídio em clínica de reabilitação. Além de facão e ripa de madeira usados para tortura dos internados, foi apreendido ainda, uma lanterna de choque em poder dos acusados.

Ela também relata como eram as agressões. “Gogó [chave de braço], choque. Eu cheguei a desmaiar duas vezes com ele”, completou.

Agora, ela conta que está aliviada em ter sido resgatada. “Nossa, muita felicidade depois de tudo que a gente passou lá. A gente vai levar isso para sempre na vida da gente”, completou.

Segundo o delegado, há relatos de que as mulheres eram estupradas por funcionários. Três mortes foram registradas na clínica em um período de dois anos. Todos esses casos serão investigados.

“A Polícia Civil já investiga esses centros de internação há algum tempo, já houve alguns crimes lá, como mortes. Há três meses foi pedido exumação de um corpo para verificar se houve negligência”, disse o delegado Arthur Fleury.

Com o fechamento do local, algumas famílias buscaram os internos. Os demais foram encaminhados por equipes de assistência social para outros locais adequados.

Sobre Osvando Teixeira

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