No dia 1º de novembro, é lembrado o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS (em português, síndrome da imunodeficiência adquirida). Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o número de mortes relacionadas à doença diminuiu na última década. No Brasil, as infecções por HIV aumentaram 11% entre 2005 e 2013. Um terço das novas contaminações na América Latina ocorreu em jovens entre 15 e 24 anos.
Dra. Eliana Bicudo, infectologista do Hospital Santa Luzia, em Brasília, explica que esta patologia é caracterizada por uma baixa na imunidade. “O vírus HIV ataca o sistema imunológico, fazendo com que todo o organismo fique frágil. Assim, quem tem AIDS está mais suscetível a contrair desde gripes até doenças mais graves, como tuberculose e câncer”, esclarece.
A especialista ressalta que ainda não há cura para esta enfermidade, porém os procedimentos disponíveis são bastante avançados e capazes de proporcionar qualidade de vida às pessoas portadoras do HIV. “Hoje, a maioria dos tratamentos são baseados no uso de antivirais. A combinação de algumas dessas medicações é popularmente conhecida como coquetel, remédios que impedem que o vírus se multiplique no organismo”, afirma.
A médica reforça que os avanços recentes da medicina foram significativos no que diz respeito à redução dos efeitos da AIDS no organismo. “Os números de mortalidade ligados à doença vêm sofrendo uma queda significativa nos últimos anos. Hoje, uma pessoa portadora do vírus consegue levar uma vida normal, desde que faça o uso correto dos medicamentos. Além disso, o diagnóstico precoce é fundamental”, observa.
Prevenção
Dra. Eliana Bicudo alerta que alguns hábitos podem aumentar o risco de contração do vírus HIV. “Para se prevenir, as pessoas precisam saber que, além da relação sexual, a AIDS pode ser transmitida por transfusão de sangue, compartilhamento de materiais cortantes, e de mãe para filho durante o parto. Dessa forma, aqueles que dividem seringas, agulhas e alicates precisam ficar atentos. Além disso, mulheres portadoras da doença devem ter um acompanhamento médico rigoroso durante a gravidez”, considera.
Por fim, a infectologista acrescenta que tomar os devidos cuidados durante as relações sexuais é uma medida muito importante para prevenir a AIDS. “Hoje, há um aumento no número de casos novos da doença no Brasil. Por isso, precisamos lembrar as pessoas, e principalmente os jovens, de que o uso de preservativos é fundamental”, conclui.
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