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Com pouco recurso para administrar a máquina pública, a Prefeitura de Uruaçu busca alternativas para superar os efeitos da crise no município, uma delas é leiloar duas áreas públicas.
É sabido e visível a situação financeira no qual o País vive, uma crise se instalou e tem afetado os municípios brasileiros. Com repasses cada vez menores, os gestores têm tido grande dificuldade em organizar e colocar em dia as finanças dos municípios que muitas vezes, não tem nenhuma culpa pela crise financeira que assola o País. Torna-se quase que incompreendido por grande parte da população. Os gestores estão sentindo de perto os efeitos da crise nos governos estadual e federal.
Em Uruaçu, não é diferente, a crise também atingiu o município. As dificuldades enfrentadas na esfera municipal têm sido enormes, obras à espera de recursos e menos verbas pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM), tem sido entraves e tem afetado a prestação de serviços públicos. Várias medidas de contenção de gastos já foram tomadas e uma das propostas para amenizar a crise que atinge o cofre municipal, e assim equilibrar as contas e ter dinheiro em caixa, a Prefeitura Municipal de Uruaçu, enviou um projeto à Câmara Municipal, dispondo sobre a autorização para alienação de bens imóveis pertencentes ao município.
No projeto, a prefeita justifica que a alienação das duas áreas será de fundamental importância para que o município tenha condições de colocar a maquina para funcionar e cumprir compromissos como por exemplo: contrapartida municipal de convênios com o governo federal, pagar precatórios judiciais (de gestões anteriores); pagar débitos previdenciários consolidados; entre outros. E assim manter a regularidade dos serviços públicos essenciais a população.
O projeto foi para votação na noite de segunda-feira (09), durante Sessão Ordinária e aprovada por sete votos a favor (Jairo Balbino, Zorão, Tavares, Joeli do salão, Luciano Tucano, Taroba e Chico do Ônibus) e seis votos contrários(Maria das Neves, Paulinho da Ambulância, Elói Santos, Idelmar Pedreiro, Reginaldo da Saúde e Wanildo Freitas).
Um dos imóveis fica localizado no Setor Aeroporto II, com área total de 17.285,99 metros quadrados e já havia sido doado anteriormente por outra gestão e foi devolvida ao município por não cumprir o prazo estipulado. O outro imóvel está situado no Setor Sul II, próximo ao Estádio Serra Grande, com uma área de 3.20,20 hectares, e inclusive foi adquirido pela atual gestão no valor de R$ 1 milhão pago parcelado, visando construir o Ambulatório Médico de Especialidades (AME), um projeto do governo estadual que não foi executado. Os dois imóveis serão alienados por meio da modalidade leilão público, sendo feito uma avaliação prévia procedida pela Comissão Especial de Avaliação composta por profissionais inscritos no CRECI e/ou CREA e um vereador escolhido pela Mesa Diretora da Casa de Leis. A expectativa é que arrecade cerca de R$ 3,5 milhões e assim, sanar dívidas pendentes.
“Essa ação não é somente de propriedade do município de Uruaçu, podemos observar através dos telejornais que o próprio governo federal abriu mão de áreas e imóveis para fazer caixa e equilibrar suas contas financeiras. Então nosso objetivo principal é justamente fazer o equilíbrio financeiro do município. E isso se assemelha as ações que tomamos em nossa casa, quando estamos com arrocho financeiro, a gente corta as despesas que são supérfluas e vai economizando, e se você tem por exemplo, um carro e uma moto, você tá apertado com as dívidas, você vai vender o carro ou a moto para ter fôlego, no município não é diferente. A decisão acatada pela equipe de governo e finanças, foi de fazer um caixa, elaborando esse projeto que foi enviado à câmara. Aproveito para agradecer os vereadores que votaram a favor do projeto, ou seja, a favor do povo de Uruaçu, porque este valor será acompanhado pela comissão de avaliação e na aplicação desses recursos e pelos vereadores. Enfim, esse dinheiro será revertido para o nosso povo que precisa de serviço público de qualidade”, ressaltou a prefeita Solange.
Críticas da oposição
“Ninguém está dilapidando o patrimônio público, a verdade é tanta que nós adquirimos uma dessas áreas para fazer um projeto que não aconteceu, o papel da oposição é esse mesmo, tentar derrubar todas as boas propostas que tem e que vem de encontro à população. Agora fazer oposição votando contra ou a favor, essa divergência é natural, o que não se pode fazer é votar contra as ações que beneficia o povo, isso sim, é uma oposição que não é responsável, mas, o desejo do governo vai ser cumprido, com o leilão das áreas será sanado uma série de dificuldades financeiras e vamos equilibrar as contas do município”, finalizou a prefeita ao falar das críticas que tem recebido, principalmente da oposição.
