Unidade da instituição em Goiânia será integrada à Rede de Biologia Molecular do SENAI, permitindo a aplicação dos testes
A partir de agosto, o estado de Goiás vai ganhar um reforço no combate ao novo coronavírus: o Instituto SENAI de Tecnologia em Alimentos e Bebidas, instalado na Escola Senai Vila Canaã, em Goiânia, vai poder aplicar até 1,2 mil testes de covid-19 por dia. Isso porque o instituto foi aprovado no edital de integração à Rede de Biologia Molecular do SENAI.
O laboratório será implantado dentro de três meses com o financiamento de R$ 1,4 milhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os equipamentos serão comprados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), que destinou R$ 350 mil para a importação dos aparelhos.
O gerente de Tecnologia e Inovação do SENAI de Goiás, Rolando Vargas Vallejos, explica que o novo laboratório vai ajudar empresas a implantarem protocolos contra a covid-19.
“Esses testes beneficiarão toda a sociedade: particulares que possam vir a solicitar os testes; pode ser pelos planos de saúde; pode ser as próprias empresas. Muitas estão estruturando protocolos, para saber o que fazer quando um funcionário está com febre ou está com o vírus”, explica. Vallejos completa que esse reforço deve ajudar na retomada gradual e segura das atividades industriais e comerciais no Brasil.
O teste que será aplicado na unidade do SENAI será aquele que detecta o material genético do vírus através da coleta de material das vias respiratórias do paciente.
Outras ações
Para ajudar no combate ao coronavírus, o SENAI de Goiás também atua na doação de equipamentos de proteção individual (EPIs) para hospitais públicos, como tem sido feito por unidades do SENAI de todo Brasil.
O diretor-geral do SENAI e diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi, explica que o setor industrial tem se adaptado à crise, seguindo à risca as recomendações das autoridades públicas de saúde.
“É mais importante salvar vidas. Ao mesmo tempo, a indústria precisa se ajustar a essas novas circunstâncias. Então, a CNI tem feito um conjunto de propostas para dar mais oxigênio às empresas”, aponta Lucchesi.
Em Goiás, o SENAI também atua junto a indústrias, orientando sobre os padrões exigidos pelos órgãos regulamentadores para a produção de álcool gel. Assim, empresas que antes não produziam o produto podem adaptar suas fábricas para suprir a demanda crescente pelo antisséptico.